Ocorreu um fato na qual não pude deixar de relatar quando estava na sala de aula da turma do segundo ano:
A professora estava trabalhando o alfabeto com um painel de rótulos, na qual as crianças relacionavam o rótulo dos produtos à sua escrita. Pois bem. Foi então que chegamos na letra U. E lá estava o rótulo do açúcar União.
A professora perguntou "Que letra é essa?".
E o coro respondeu "Letra UUUU!!".
A professora retrucou "E o que está escrito?".
E mais uma vez o coro "UNIÃOOOOOO!!".
Foi nessa que a professora soltou a isca "E esse União é marca do quê?".
Pra quê! Levantou-se um pequeno polegar saltitante dizendo "Professora! União é marca de amizade!".
Ai! Foi um tapa na cara! Na hora me veio à cabeça o pensamento de Paulo Freire, que diz que a palavra do mundo precede a leitura da palavra. Formidável!
Pensei: "Ensinamos às crianças o que elas não sabem, e elas por sua vez, nos ensinam o que esquecemos".
Um doce ajuda a lembrar o sabor da infância. |
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3 comentários:
Ai...doeu esse tapa MESMO.
Eu lembrei do meu primeiro emprego, eu tava super nervosa corrigindo as lições de uma galerinha no Kumon, ai veio um microbio de 7 ou 8 anos perguntar se a lição já tava corrigida. Eu, bem ríspida, disse "não!". Ela sorriu e falou "não se preocupa, é muito comum as pessoas ficarem nervosas no primeiro dia, mas você vai se sair bem" e ficou ao meu lado, esperando eu corrigir.
A minha minha boca, eu entreguei a lição ROXA de vergonha e depois enterrei a cara no meio das folhas. E até hoje eu respiro umas 20x antes de começar algo, pra não dar outra bola fora.
Em COLUNAS á direita, tem duas vezes #quinta
err... foda
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